Antonin Artaud’s The Theatre and the Plague é uma leitura cinematográfica de O Teatro e a Peste, ensaio do poeta francês Antonin Artaud (1896-1948), em tempos de pandemia. 

 

O projeto, dirigido por Wolfgang Pannek, codiretor da Taanteatro Companhia (São Paulo, Brasil), conta com a colaboração de artistas e acadêmicos de cinco continentes.

 

O Teatro e a Peste, é o primeiro, hoje profético-icônico texto do livro mais conhecido de Artaud, O Teatro e seu Duplo. Originalmente apresentado como palestra performativa em 6 de abril de 1933, na Sorbonne, este ensaio esboça os fundamentos do Teatro da Crueldade, ao estabelecer uma analogia entre a ruptura da ordem civilizacional provocada pela “peste” e as “paixões convulsivas” 

a serem disparadas pela virulência da poética teatral transgressora projetada por Artaud. 

 

Para as finalidades do projeto cinematográfico, o texto artaudiano foi sequenciado em 8 segmentos

com focos temáticos distintos e distribuídos entre a/os artistas. Cada colaborador/a aceitou o desafio de criar uma dramaturgia audiovisual, associando o texto de Artaud - gravado em seu respectivo idioma - à sua experiência subjetiva durante a pandemia e à luz das restricões de circulação social em sua respectiva localização geográfica. Desse processo de trabalho, realizado com celulares, tablets e câmeras digitais elementares, resultou um conjunto de 18 curtas-metragens com duração entre 4 e 11 minutos cada.

 

A seguir, esses filmes foram reeditados para integrar Antonin Artaud’s The Theatre and the Plague, longa-metragem com duração de 62 minutos, composto por 16 curtas, falado em 11 idiomas e legendado em inglês. O longa realizado em 2020 apresenta o texto de O Teatro e a Peste na íntegra e reúne pessoas, paisagens e sensibilidades que vão de São Paulo a Paris, de Brisbane a Garðabær e de Maputo a Khon Kaen.